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Mercado de trigo segue lento no Sul

No Paraná, o mercado segue travado, com divergência entre pedidos e as ofertas



No Paraná, o mercado segue travado, com divergência entre pedidos e as ofertas No Paraná, o mercado segue travado, com divergência entre pedidos e as ofertas - Foto: Seane Lennon

O mercado de trigo nas principais regiões produtoras do Sul do Brasil continua com ritmo lento e pouca liquidez, diante das margens apertadas enfrentadas pelos moinhos e da elevada oferta disponível. Segundo informações da TF Agroeconômica, o cenário atual é marcado por negociações pontuais e baixa movimentação, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, os moinhos seguem com seus estoques cobertos até agosto e evitam novas compras, aguardando melhores condições de mercado. Os preços variam conforme qualidade, localização e prazos de pagamento, com indicações entre R\$ 1.300,00 e R\$ 1.380,00 a tonelada, posto moinho. A moagem segue limitada, e os moinhos relatam margens apertadas, o que contribui para o consumo reduzido do trigo local. Para exportação em dezembro, os valores giram em torno de R\$ 1.290,00, mas os moinhos continuam ausentes das negociações.

Em Santa Catarina, o mercado permanece praticamente parado. A maior parte do trigo vem de fora do estado, principalmente do Rio Grande do Sul, o que impede valorização dos preços. A safra nova ainda não tem indicações de preços, e os sementeiros relatam queda de cerca de 20% nas vendas de sementes. A produção prevista foi revisada pela Conab com redução de 6,3%, reflexo de menor produtividade. Os preços aos produtores mantiveram-se estáveis, com destaque para Xanxerê, onde houve leve alta para R\$ 79,00/saca.

No Paraná, o mercado segue travado, com divergência entre pedidos dos vendedores e ofertas dos compradores. Trigo tipo 1 tem indicação de até R\$ 1.500,00 FOB, mas negócios não são concretizados. A média de preços pagos aos produtores subiu 0,06% na semana, atingindo R\$ 77,19/saca, garantindo margem de lucro estimada em 4,98%, conforme dados do Deral. A safra nova também ainda não movimenta o mercado, embora haja indicações de preços superiores ao mesmo período do ano passado.
 

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