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Plano Safra 2025/26 deve priorizar seguro rural e equalização de juros, diz secretário do Mapa

O novo Plano Safra deve ser anunciado no final de junho



Foto: Pixabay

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (CRA) realizou nesta quarta-feira (28) uma audiência pública para discutir as diretrizes do Plano Safra 2025/26. O encontro reuniu representantes do Legislativo, setor produtivo e do governo federal com o objetivo de alinhar propostas para um plano mais robusto e adaptado às novas demandas do campo.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, destacou que a construção do próximo Plano Safra exige equilíbrio entre os recursos disponíveis e a taxa de subvenção, classificando esse desafio como um “ajuste fino”. Para Campos, o apoio da CRA, da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) é essencial para a elaboração de uma política agrícola eficiente.

Durante a audiência, o secretário também ressaltou os esforços do ministro Carlos Fávaro na reformulação do seguro rural. “A necessidade de fortalecer a atividade do produtor rural, diretamente ligada aos riscos climáticos, é cada vez maior”, afirmou Campos, destacando o aumento de eventos climáticos extremos no campo. A nova proposta de seguro deve atender melhor aos produtores e garantir maior segurança em um cenário de instabilidade climática.

Além do Mapa, o Sistema OCB apresentou suas propostas para as cooperativas agropecuárias, com foco na gestão de riscos, como o PSR e o Proagro. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou em abril suas recomendações para um Plano Agrícola e Pecuário 25/26 mais eficiente, destacando a necessidade de avanços estruturais.

Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda, também participou do debate e apresentou dados sobre o desempenho do atual Plano Safra. Segundo ele, houve crescimento nas contratações de crédito rural para pequenos e médios produtores, com alta de 5% no Pronaf e 13% no Pronamp. A maior queda foi registrada nas operações com taxas livres.

O novo Plano Safra deve ser anunciado no final de junho, e temas como juros equalizados, seguro rural e infraestrutura de armazenagem devem estar no centro das discussões.

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