Brasil é o 7º maior produtor de abacate do mundo
Goiás e São Paulo lideram cultivo de abacate no país

O Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgado nesta quinta-feira (21), destacou a relevância do abacate na produção mundial de frutas.
De acordo com o levantamento, em 2023 foram colhidas 10,5 milhões de toneladas da fruta em 954,7 mil hectares, o que representa 1,4% da área cultivada com frutas e 1,1% da produção global. O México lidera a oferta mundial com 28,4%, seguido por Colômbia (10,4%), República Dominicana (9,7%), Peru (9,4%) e Indonésia (8,4%). O Brasil ocupou a sétima posição, com 422,5 mil toneladas, equivalente a 4% do total.
O boletim ressaltou que “nas exportações globais de frutas frescas, o abacate foi a terceira em importância, participando com 7,2% dos US$ 106,5 bilhões movimentados em 2023”. Apesar disso, a presença brasileira é considerada pequena. “O Brasil, mesmo evoluindo nas vendas externas, alcançou apenas 26,2 mil toneladas exportadas, com US$ 39 milhões em receitas, figurando como o 18º exportador mundial”, informou o documento.
No mercado interno, o cultivo ocupa 22,7 mil hectares, sendo a 18ª fruta em área plantada, a 16ª em volume colhido e a 17ª em Valor Bruto da Produção (VBP). Em 2023, a produção nacional alcançou 422,5 mil toneladas e um VBP de R$ 918,7 milhões, segundo dados do IBGE. Os estados de São Paulo (43,4%), Minas Gerais (29%), Ceará (9,3%) e Paraná (8%) responderam juntos por 89,7% da colheita nacional.
Ainda conforme o boletim, em 2024 o abacate foi a 8ª fruta exportada pelo Brasil, com US$ 36,2 milhões em receitas e 24,6 mil toneladas embarcadas, a um preço médio de US$ 2.260 por tonelada. Por outro lado, as importações ficaram em mil toneladas, totalizando US$ 2,4 milhões.
No Paraná, a produção foi de 35,8 mil toneladas em 2 mil hectares, com VBP de R$ 89,7 milhões em 2023, representando 2,6% da fruticultura estadual. Entre 2014 e 2023, a área cresceu 91% e a produção aumentou 60,9%. A região Norte concentrou 88,1% da produção, tendo Apucarana (14,5%), Arapongas (7,3%) e Assaí (6,7%) como principais polos.
O documento apontou ainda que os levantamentos de 2024 indicam alterações nesse ranqueamento, que só serão confirmadas com a divulgação oficial dos números ao final do mês.