Soja em alta em Chicago
No mercado de derivados, o farelo de soja para setembro registrou leve baixa

A soja encerrou a semana em alta na Bolsa de Chicago, sustentada por preocupações climáticas nos Estados Unidos e pelas incertezas em relação aos cortes obrigatórios de biocombustíveis. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de setembro, referência para a safra brasileira, subiu 0,19% ou US$ 2,00 cents/bushel, fechando a US$ 1.036,50, enquanto o de novembro avançou 0,24% ou US$ 2,50 cents/bushel, encerrando a US$ 1.058,50.
No mercado de derivados, o farelo de soja para setembro registrou leve baixa de 0,03%, cotado a US$ 296,70 por tonelada curta, ao passo que o óleo de soja disparou 2,24%, alcançando US$ 54,84 por libra-peso. A combinação de tempo mais seco e indefinições regulatórias nos EUA deu suporte às cotações, que retornaram aos níveis observados no final de junho.
Apesar das previsões de clima quente e seco em momento crítico para o desenvolvimento das lavouras, os dados divulgados pelo ProFarmer indicaram produtividades um pouco menores que as do USDA, mas ainda dentro de um cenário de safra robusta. Em alguns estados norte-americanos, a expectativa é até de ganhos de produtividade, o que ajuda a equilibrar o mercado. Já o Conselho Internacional de Grãos (IGC) projeta uma colheita mundial recorde de 430 milhões de toneladas, acompanhada de estoques globais em 85 milhões de toneladas, reforçando a perspectiva de ampla oferta.
Com esse cenário, a soja acumulou na semana valorização de 1,39% ou US$ 14,25 cents/bushel. O farelo de soja subiu 4,69% ou US$ 13,30 por tonelada curta, enquanto o óleo avançou 3,12% ou US$ 1,66 por libra-peso, confirmando uma semana positiva para o complexo da oleaginosa.