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Trigo segue lento no Sul

Em Santa Catarina, o desenvolvimento da safra é considerado bom



Em Santa Catarina, o desenvolvimento da safra é considerado bom Em Santa Catarina, o desenvolvimento da safra é considerado bom - Foto: Divulgação

O mercado de trigo no Sul do Brasil segue marcado por lentidão e negócios pontuais, com destaque para a comercialização antecipada da nova safra. Segundo informações da TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul já foram negociadas cerca de 90 mil toneladas, das quais 60 mil destinadas à exportação e 30 mil para moinhos locais. No mercado disponível, as indicações de compradores variam conforme qualidade, localização e prazo de pagamento, com negócios ocorrendo entre R$ 1.280,00 e R$ 1.350,00 por tonelada, dependendo da região.

Os moinhos gaúchos relatam moagem reduzida e margens estreitas, o que limita novas compras até a chegada da próxima safra. A pressão adicional vem da Argentina, onde a expectativa de maior produção e estoques reforça a oferta para o fim do ano, derrubando os preços do trigo argentino para dezembro, já cotado US$ 8/t abaixo do spot. Nas exportações, os preços recuaram para R$ 1.250,00/t, com possibilidade de entrega de trigo de ração a deságio de 20%, enquanto no mercado interno o preço da pedra em Panambi se manteve em R$ 70,00 a saca.

Em Santa Catarina, o desenvolvimento da safra é considerado bom, mesmo após chuvas abaixo da média em algumas regiões. A produção está estimada em 359,7 mil toneladas, queda de 16,77% em relação ao ciclo anterior. Os preços pagos aos produtores recuaram novamente, variando de R$ 72,00/saca em Chapecó e Joaçaba a R$ 78,00/saca em Rio do Sul. A forte oferta de trigo gaúcho tem impedido valorização maior, enquanto o importado em Paranaguá se mantém mais competitivo que o paranaense.

No Paraná, vendedores resistem aos preços atuais da nova safra, o que pode sustentar cotações futuras. O mercado spot apresentou leve retração, girando em torno de R$ 1.400 CIF, enquanto no futuro os preços ficaram em R$ 1.300 CIF. Houve negócios isolados com trigo paraguaio a R$ 1.440 CIF no norte do estado. Já os preços pagos aos produtores recuaram 0,23% na semana, para R$ 75,87/saca, ainda acima do custo médio de produção calculado em R$ 72,89. O Deral lembra que o mercado futuro já ofereceu oportunidades de lucro de até 32,1%, mas quanto mais próximo da colheita, menores tendem a ser os preços e as margens.
 

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