Preços do café caem com tarifas e safra farta
"Chuvas abaixo da média no Brasil são um fator positivo para os preços do café"

Os preços do café vêm enfrentando uma forte pressão no mercado devido a preocupações relacionadas a tarifas que podem prejudicar as vendas do café brasileiro para os Estados Unidos, impactando diretamente os estoques nacionais. Além disso, a perspectiva de uma safra abundante no Brasil contribui para a queda dos valores da commodity.
Outro fator que influencia o mercado é a questão climática, já que as chuvas abaixo da média na principal região produtora de café arábica, Minas Gerais, têm efeito positivo para os preços, pois podem reduzir a produção. Recentemente, essa região registrou apenas cerca de um terço da média histórica de precipitação.
Também houve uma redução nos estoques certificados na Bolsa de Intercâmbio de Commodities (ICE), o que normalmente é um indicativo de menor oferta disponível, influenciando positivamente o preço. No entanto, o volume esperado da safra brasileira, considerado alto, tem pesado mais, mantendo os preços em baixa.
Nos últimos meses, o café arábica chegou à menor cotação em oito meses, enquanto o café robusta atingiu o valor mais baixo em mais de um ano no mercado futuro, refletindo o cenário de oferta robusta e incertezas comerciais. Para quem atua no setor, acompanhar esses fatores é fundamental para planejar melhor as estratégias de comercialização e investimento.
"Chuvas abaixo da média no Brasil são um fator positivo para os preços do café. A Somar Meteorologia informou que Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, recebeu 2,7 mm de chuva na semana encerrada em 2 de agosto, apenas 31% da média histórica", analisa Rich Asplund, analista da Barchart. "No mês passado, o café arábica atingiu a menor cotação em 8 meses e o robusta atingiu a menor cotação em 1,25 ano no futuro próximo", finaliza.