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Frustrações entre EUA e China derrubam a soja

A baixa nas cotações reflete a ausência de avanços concretos



A baixa nas cotações reflete a ausência de avanços concretos A baixa nas cotações reflete a ausência de avanços concretos - Foto: Canva

Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sessão desta quarta-feira (11) em queda, pressionada pela decepção do mercado com os resultados das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O contrato de julho, principal referência para a safra brasileira, recuou 0,69%, ou 7,25 centavos de dólar por bushel, fechando a US\$ 10,50. 

Já o contrato de agosto caiu 0,38%, encerrando a US\$ 10,45. O farelo de soja para julho teve queda de 0,57%, a US\$ 294,20 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,48%, cotado a US\$ 48,02 por libra-peso.

A baixa nas cotações reflete a ausência de avanços concretos nas conversas bilaterais sobre produtos agrícolas, que ocorreram em Londres no início da semana. As expectativas iniciais de que o encontro resultaria em acordos comerciais mais robustos para o setor agrícola foram frustradas. As discussões se concentraram em pontos como terras raras e o intercâmbio de estudantes chineses, deixando os temas agrícolas em segundo plano. “Falávamos muito sobre terras raras... e pouco sobre agricultura”, comentou Don Roose, presidente da U.S. Commodities, à Reuters.

Além disso, o mercado se antecipou ao relatório mensal WASDE, previsto para os próximos dias. Os analistas esperam uma leve elevação nas projeções de exportações para as safras 2024/25 e 2025/26, mas com volumes significativamente menores do que os registrados na temporada anterior. Esse cenário contribuiu para ajustes técnicos nas posições dos investidores, acentuando a pressão negativa sobre os preços da oleaginosa.

Por outro lado, o óleo de soja teve desempenho positivo, impulsionado pela valorização do petróleo no mercado internacional. A alta foi motivada por tensões geopolíticas no Oriente Médio, após os Estados Unidos recomendarem que seus cidadãos deixem a região, o que elevou os preços da energia e, por consequência, favoreceu os derivados da soja.
 

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