Milho fecha misto na B3 e em Chicago
Apesar disso, o mercado físico continua pressionado

Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 encerraram a terça-feira (10/06) de forma mista, refletindo tanto o atraso na colheita quanto ajustes nas expectativas para 2026. Os vencimentos mais curtos apresentaram valorização: julho/25 fechou a R$ 64,24 (+R$ 0,13 no dia), e setembro/25 encerrou a R$ 68,30 (+R$ 0,14). Já os contratos para 2026, todos acima dos R$ 70,00, passaram por correções, indicando um reposicionamento do mercado frente ao cenário futuro.
Apesar disso, o mercado físico continua pressionado, com queda média de 1,54% nas cotações segundo o Cepea. A demanda, tanto interna quanto externa, vem crescendo, mas ainda não está claro onde os compradores concentrarão seus volumes. A incerteza sobre a alocação dos grãos limita movimentos mais consistentes nas cotações de médio e longo prazo.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho também teve um fechamento misto. A cotação de julho, referência para a safra de verão brasileira, subiu 1,21%, fechando a US$ 438,75/bushel. Já o contrato para setembro teve alta de 0,77%, encerrando a US$ 425,50/bushel. As cotações mais curtas reagiram a compras de oportunidade por parte dos fundos de investimento, após alcançarem os menores níveis dos últimos sete meses.
Nos EUA, o plantio do milho segue avançando, mas algumas regiões ultrapassaram a janela ideal, o que pode provocar redução de área plantada. Ao mesmo tempo, a qualidade das lavouras melhorou no restante do país, o que tende a pressionar os vencimentos mais longos nas próximas semanas. Os embarques para exportação foram acima da semana anterior e da expectativa geral do mercado.