Milho recua na B3, mas mantém leve alta no mês
A variação mensal foi positiva em 0,78%

O mercado futuro do milho na B3 encerrou a última sessão de junho com queda nos principais contratos, pressionado pelo avanço da colheita da segunda safra no Brasil e pela forte desvalorização do dólar no dia. Segundo análise da TF Agroeconômica, mesmo com a baixa diária, os preços ainda encerraram o mês com leve valorização, confirmando a tendência de canal lateral.
A variação mensal foi positiva em 0,78%, apesar da retração de 0,16% registrada nesta segunda-feira. A diferença entre a abertura e o fechamento do mês foi de apenas R\$ 0,49, o que reforça a análise técnica de estabilidade dos preços. Já os dados do Cepea destacam que o atraso na colheita da safrinha tem limitado maiores quedas em algumas regiões, especialmente onde há mais demanda por milho padronizado. Até 21 de junho, a colheita avançou para apenas 10,3% da área nacional — ritmo bem inferior aos 28% do ano passado e à média de 17,5% dos últimos cinco anos, conforme levantamento da Conab.
Nos fechamentos do dia, o contrato julho/25 foi negociado a R\$ 63,54, queda de R\$ 0,10 no dia e de R\$ 0,34 na semana. O vencimento setembro/25 encerrou a R\$ 66,25, com recuo de R\$ 0,20 no dia e R\$ 0,95 na semana, refletindo a pressão da oferta crescente.
Em Chicago (CBOT), o milho teve desempenho misto na segunda-feira, mas com saldo mensal negativo. O contrato julho fechou em alta de 0,72%, a US\$ 4,2050/bushel, enquanto setembro caiu 0,55%, a US\$ 4,0925/bushel. A combinação entre bom clima, expectativa de área plantada elevada e projeções de safra acima de 400 milhões de toneladas nos EUA segue pressionando os preços no mercado internacional.