Trigo segue pressionado
Em Santa Catarina, os moinhos demonstram cautela diante das ofertas do RS

Segundo dados da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue pressionado por um aumento nas ofertas e pela ausência de compradores. Em Santa Rosa, foram registradas ofertas de trigo PH 78 W 250 FN 250, mas contratos PH 78 W 230 FN 210 fecharam a R$ 1.380,00, FOB. Já o trigo tipo 1 em Giruá ou Bossoroca foi ofertado a R$ 1.400,00. Nas últimas duas semanas, produtores venderam volumes significativos às cooperativas, que agora tentam repassar o produto aos moinhos.
Esses, por sua vez, já cobriram a demanda de maio e parte de junho e buscam forçar queda nos preços. Apesar disso, ainda há negócios pontuais no RS em torno de R$ 1.400,00, e ofertas de trigo PH 76 a R$ 1.390,00, dependendo da região. A expectativa é que o início de mês impulsione a movimentação. Para a próxima safra, os preços permanecem em R$ 1.340,00 sobre rodas no porto, mas os moinhos seguem fora das compras futuras. Em Panambi, os preços da pedra recuaram para R$ 72,00/saca.
Em Santa Catarina, os moinhos demonstram cautela diante das ofertas do RS, que surgem a valores mais baixos que nas últimas semanas. No estado, os preços continuam entre R$ 1.500 e R$ 1.520, FOB. A nova safra ainda não apresenta movimentações. Os preços pagos aos triticultores seguem estáveis pela terceira semana em Canoinhas (R$ 78,00/saca), quarta semana em Chapecó (R$ 75,00), quinta semana em Joaçaba (R$ 79,00), e também permanecem em R$ 80,00 em Rio do Sul e Xanxerê.
Já no Paraná, o mercado segue com preços elevados, próximos ou até acima da paridade de importação. Compradores indicam R$ 1.600,00 para entrega em junho com pagamento no início de julho, e vendedores pedem entre R$ 1.600,00 e R$ 1.650,00 FOB. O CIF chega a ultrapassar R$ 1.700,00 por tonelada. Para a safra nova, ainda não há ofertas, mas compradores apontam valores entre R$ 1.450 e R$ 1.500 CIF moinho. A média estadual da semana ficou em R$ 80,16/saca, com lucro médio recuando para 8,85%, ainda significativo frente ao custo de produção atualizado pelo Deral em R$ 73,53/saca.