Alta nos insumos afeta custo do milho no Mato Grosso
Custo do milho sobe e exige alta produtividade

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta segunda-feira (21) a análise semanal com dados do projeto CPA-MT, destacando os custos operacionais da próxima safra de milho em Mato Grosso. Segundo o levantamento, o custo operacional efetivo (COE) da cultura de milho de alta tecnologia para a safra 2025/26 foi estimado em R$ 4.719,40 por hectare no mês de junho.
De acordo com o Imea, considerando o COE e a cotação futura do milho a R$ 45 por saca, o produtor médio do estado precisa alcançar uma produtividade mínima de 104,88 sacas por hectare para cobrir os custos operacionais da safra. A instituição ressalta que “ao considerar a média de produtividade das últimas três safras, de 119,55 sacas por hectare, o rendimento fica 13,99% acima do ponto de equilíbrio do COE”.
No entanto, o instituto alerta para a sensibilidade do resultado frente a variações de preço e custos adicionais. "Ao incluir outros custos ou em cenários de preços abaixo dos R$ 45 por saca, essa margem pode diminuir significativamente e até se tornar negativa", avaliou o Imea.
O relatório também destaca a importância do acompanhamento rigoroso dos custos, sobretudo os de custeio, que continuam elevados. O Imea afirma que "a manutenção dos preços de fertilizantes, defensivos e sementes em patamares altos, somada ao atraso na aquisição de insumos, tende a pressionar os custos de produção no curto e médio prazo".
A recomendação é que os produtores mantenham atenção constante à evolução dos seus gastos, diante de um cenário de incertezas no mercado de insumos e volatilidade nos preços do milho.