Trigo em baixa: aproveite para se posicionar

O mercado de trigo segue pressionado, com preços em baixa tanto no cenário nacional quanto internacional. Segundo a TF Agroeconômica, essa tendência deve persistir até que o consumo global comece a reduzir os estoques, oferecendo oportunidades para moinhos e produtores se posicionarem de forma estratégica.

Para os moinhos com capacidade de compra, o momento é favorável para adquirir o trigo físico de forma escalonada, aproveitando a queda nos preços antes da provável alta futura. Já os triticultores que necessitam de caixa imediato podem realizar vendas antecipadas, visto que os valores no Brasil e na Argentina podem continuar caindo até dezembro. Para todos, a recomendação é acompanhar as quedas em Chicago e planejar compras graduais, mesmo para quem possui armazenamento limitado.

Entre os fatores de alta, destaca-se a tentativa da Rússia de ampliar a importação de seu trigo de inverno pela China, o que poderia impulsionar os preços internacionais. No entanto, a oferta abundante no Hemisfério Norte, somada à boa safra no Hemisfério Sul, mantém a pressão de baixa. Além disso, a diminuição da demanda chinesa, a forte produção na Austrália e Argentina e a retração nas exportações dos EUA contribuem para a tendência de queda. No Brasil, o início da colheita no Paraná e no Rio Grande do Sul reforça essa pressão sobre os valores domésticos.

Diante desse cenário, moinhos e produtores devem agir com estratégia, aproveitando momentos de baixa para se posicionarem e acompanhando de perto as movimentações do mercado internacional. A gestão cuidadosa nesse período pode garantir vantagens quando a entressafra do Hemisfério Norte reduzir a oferta global e os preços voltarem a subir.