
Segundo a TF Agroeconômica (23/05), o mercado internacional de trigo opera em baixa, com investidores realizando lucros após uma semana de ganhos. A proximidade da colheita de inverno nos EUA e boas perspectivas para a safra da União Europeia pressionam os preços. No entanto, a desvalorização do dólar frente ao euro, cerca de 0,65%, ajuda a limitar as perdas, mantendo a competitividade das exportações americanas. O trigo CBOT para julho recua para US\$ 542,75 e o dezembro para US\$ 581,50. No Brasil, o CEPEA aponta alta no Paraná (R\$ 1.547,79) e leve avanço no Rio Grande do Sul (R\$ 1.381,28).
A soja também recua levemente, refletindo movimento de realização antes do feriado do Memorial Day nos EUA. O contrato CBOT para julho está em US\$ 1.066,75, e maio/26 em US\$ 1.082,00. Apesar da queda, há suporte no mercado de óleo, influenciado pela possível extensão dos créditos fiscais 45Z para biocombustíveis, aprovada na Câmara dos EUA. No mercado interno, a saca no Paraná recua para R\$ 128,15, enquanto no Paraguai, em Assunção, sobe para US\$ 361,26.
O milho, por sua vez, opera com leve alta em Chicago, cotado a US\$ 462,50 para julho, enquanto na B3 recua para R\$ 63,46 (jul/25) e R\$ 71,14 (jan/26). No mercado físico brasileiro, o CEPEA aponta queda para R\$ 71,22, acumulando perda de 11,12% no mês. Traders monitoram se os agricultores americanos seguirão com o plantio ou optarão pelo seguro rural, devido às recentes inundações e queda nos preços. O mercado segue atento aos desdobramentos climáticos e econômicos, que continuam direcionando os movimentos das commodities agrícolas globais.