Produtividade do feijão decepciona produtores
A irregularidade das chuvas foi o principal problema

Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), cresce o número de produtores frustrados com os resultados da segunda safra de feijão no Sudoeste do Paraná. A situação confirma mais uma vez uma das máximas da agricultura em sequeiro: só se pode contar com a safra depois que ela está efetivamente armazenada. A irregularidade das chuvas e as adversidades climáticas foram determinantes para a baixa produtividade registrada em diversas propriedades da região.
Nesse contexto, dados da Secretaria da Agricultura indicam que o Sudoeste paranaense é responsável por cerca de 33% da produção total da segunda safra no estado, reforçando a relevância estratégica da região no abastecimento nacional. Essa importância torna o cenário ainda mais preocupante, já que as perdas registradas podem comprometer a oferta do produto no mercado nos próximos meses.
Um comerciante integrante do Clube Premier do IBRAFE realizou um levantamento informal junto a diversas cerealistas da região, confirmando a expressiva queda no volume de feijão recebido em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo relatos, algumas empresas estimam que as perdas ultrapassam 40%, sinalizando um impacto significativo para produtores, cooperativas e o setor comercial como um todo.
Diante deste quadro, especialistas reforçam a necessidade de planejamento e adoção de tecnologias para mitigar riscos climáticos. A dependência de chuvas bem distribuídas segue como um dos maiores desafios do cultivo de feijão em áreas de sequeiro, exigindo atenção redobrada na próxima safra.