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Exportações brasileiras crescem 4,8% em julho

Brasil exporta US$ 32 bilhões em julho



Foto: Divulgação

As exportações brasileiras registraram crescimento de 4,8% em valor e de 7,2% em volume no mês de julho de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados quarta-feira (6) nesta Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Em julho, o Brasil exportou US$ 32,31 bilhões. No acumulado de janeiro a julho, as exportações somaram US$ 198 bilhões, alta de 0,1% em valor e de 2% em volume em relação ao mesmo período de 2024. A corrente de comércio atingiu US$ 359 bilhões no ano, com superávit de US$ 37 bilhões.

O desempenho foi influenciado pelas altas nas vendas para diversos mercados. Em volume, as exportações aumentaram 5% para os Estados Unidos, 17,2% para o México, 42,4% para a Argentina, 7,4% para a União Europeia e 7,3% para o Japão.

Entre os produtos com maior crescimento mensal estão carne bovina, óleos brutos de petróleo, minérios de Cobre e café não torrado. No setor agropecuário, os destaques positivos foram frutas e nozes (49,3%), café não torrado (25,4%) e soja (1,2%). Na indústria extrativa, cresceram as vendas de minérios de Cobre (81,1%), minérios de metais de base (72,8%) e óleos brutos de petróleo (8,1%). Na indústria de transformação, os principais aumentos ocorreram em carne bovina (46,9%), aeronaves (168,9%) e ouro não monetário (87,3%).

Por outro lado, houve quedas nas exportações de arroz (-22,5%), milho (-27,2%) e algodão (-33,7%) na agropecuária; minérios de ferro (-8,8%) e metais preciosos (-86,6%) na indústria extrativa; e celulose (-23,5%) e produtos de ferro e aço (-47,7%) na indústria de transformação.

No acumulado do ano, a agropecuária teve queda leve de 0,5%, com US$ 46,31 bilhões exportados. A indústria extrativa recuou 9,6%, totalizando US$ 44,74 bilhões, enquanto a indústria de transformação cresceu 5%, alcançando US$ 105,94 bilhões.

O crescimento anual das exportações foi impulsionado por animais vivos (46,3%), café não torrado (44,2%) e especiarias (98%) na agropecuária; minérios de cobre (24,9%) e gás natural (1.319.202%) na indústria extrativa; e carne bovina (31%), veículos (64,6%) e ouro não monetário (64,5%) na indústria de transformação.

Já as principais quedas no acumulado ocorreram em milho (-22,9%), soja (-7,4%) e algodão (-10,2%) na agropecuária; mineração de ferro (-15,9%) e petróleo bruto (-7,8%) na indústria extrativa; e açúcares (-28,4%) e farelos de soja (-17,8%) na indústria de transformação.

Importações crescem 8,4% em julho e somam US$ 25,2 bilhões

As importações brasileiras cresceram 8,4% em julho, somando US$ 25,2 bilhões. Os aumentos ocorreram em bens de capital maiores (13,4%), intermediários (10,8%) e bens de consumo (5,1%). No ano, as importações somaram US$ 161 bilhões, altas de 8,3% em valor e de 9,7% em volume.

Em julho, a agropecuária teve alta de 3,8%, com US$ 0,50 bilhão importado. A indústria de transformação cresceu 11,1%, alcançando US$ 23,56 bilhões, enquanto a indústria extrativa teve queda de 29,2%, totalizando US$ 1,02 bilhão.

Produtos como cevada (146,3%), soja (45,4%) e borracha natural (92,4%) puxaram a alta na agropecuária. Na indústria extrativa, cresceram as compras de fertilizantes (37,4%) e pedras e cascalhos (90,5%). Na transformação, aumentaram as importações de óleos combustíveis (16,6%), fertilizantes químicos (21,6%) e motores e máquinas (43,9%).

Apesar da alta geral, algumas quedas foram registradas, como pescado (-17,2%), trigo (-12,7%) e frutas (-9%) na agropecuária; carvão (-42%), petróleo bruto (-22,6%) e gás natural (-37%) na extrativa; e veículos (-31,5%) e válvulas eletrônicas (-22,5%) na transformação.

No acumulado até julho, a agropecuária cresceu 10,5% (US$ 3,74 bilhões), a indústria de transformação subiu 11% (US$ 149,22 bilhões) e a indústria extrativa caiu 28,4% (US$ 7,04 bilhões).

O crescimento das importações no ano foi impulsionado por milho (52,9%), cacau (314%) e borracha natural (93,3%) na agropecuária; pedras e minerais brutos na extrativa; e fertilizantes, motores e plataformas na indústria de transformação.

Entre as principais retrações no ano estão soja (-45,3%), carvão (-28,1%), gás natural (-35,3%) e veículos de passageiros (-18,3%).

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