Falta de sol prejudica desenvolvimento de pastagens
Umidade e baixa luz limitam pastagens

A escassa insolação e a umidade elevada em diversas regiões do Rio Grande do Sul comprometeram o desenvolvimento das pastagens de inverno e agravaram os danos por pisoteio. A informação consta no Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (12).
Segundo o órgão, as forrageiras cultivadas como aveia e azevém ainda oferecem algum suporte para pastejo, mesmo com limitações. As áreas remanescentes seguem sendo implantadas pelos produtores.
Na região administrativa de Bagé, o ciclo das pastagens nativas entrou em declínio. Em Maçambará, erosões provocadas pelas chuvas causaram perda de sementes, fertilizantes e solo. Em Bagé, a entrada de animais em potreiros com manejo por diferimento foi iniciada. Algumas áreas receberam calagem, adubação e espécies de inverno.
Em Caxias do Sul, os campos nativos apresentaram crescimento, mas com baixa qualidade nutricional. As pastagens cultivadas estão em desenvolvimento inicial e sofreram danos pelo pisoteio em solo encharcado. Em Erechim, a germinação foi favorecida pela umidade e pelas temperaturas, mas o avanço das pastagens é limitado pela reduzida insolação.
Na região de Ijuí, as forrageiras se desenvolvem bem, mas em áreas muito úmidas, o pisoteio compromete o rebrote. Em Frederico Westphalen, o excesso de chuvas e a falta de sol causaram apodrecimento das folhas inferiores e dificultaram a adubação. Em Passo Fundo, a escassez de luz solar reduziu o crescimento das pastagens e, por consequência, a oferta forrageira. O plantio de trigo, cevada e triticale para duplo propósito está em andamento.
Na região de Pelotas, geadas em Pinheiro Machado afetaram as pastagens nativas. Em Pedras Altas, as pastagens cultivadas apresentaram boa oferta. Já em Jaguarão, as forrageiras foram implantadas sobre a resteva da soja.
Na área de Porto Alegre, o desenvolvimento das pastagens de inverno foi favorecido pelas condições climáticas da semana. Em Santa Maria, o campo nativo teve o crescimento interrompido, apresentando alta concentração de fibras. Azevém e aveia crescem lentamente devido à baixa luminosidade.
Em Santa Rosa, as pastagens nativas estão com desenvolvimento estagnado, mas os animais seguem em pastejo. O rebrote das perenes avança lentamente com a queda das temperaturas. As áreas semeadas mais cedo com espécies de inverno já estão sendo utilizadas.