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Milho segue travado: Entenda

Em Santa Catarina, mesmo com uma colheita histórica, o mercado está parado



Em Santa Catarina, mesmo com uma colheita histórica, o mercado está praticamente parado Em Santa Catarina, mesmo com uma colheita histórica, o mercado está praticamente parado - Foto: USDA

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de milho segue travado em vários estados do país, refletindo uma combinação de oferta restrita, divergências nos preços e preocupações climáticas. No Rio Grande do Sul, a escassez de grão continua impactando principalmente o setor de rações. Produtores financeiramente mais estruturados optam por segurar o milho, dificultando as negociações. Além disso, a confirmação de dois casos de gripe aviária no estado aumentou a cautela no mercado. As cotações seguem firmes, variando de R$ 66,00 a R$ 69,00 nas principais praças, enquanto no interior os pedidos ficam entre R$ 65,00 e R$ 70,00. O preço na pedra em Panambi está em R$ 61,00.

Em Santa Catarina, mesmo com uma colheita histórica, o mercado está praticamente parado. O entrave principal é a distância entre o preço pedido pelos produtores e o ofertado pelos compradores. Enquanto no Planalto Norte os produtores pedem R$ 82,00, as ofertas chegam no máximo a R$ 79,00. Em Campos Novos, a diferença é ainda maior. A produtividade média no estado é a maior da história, chegando a 9.717 kg/ha, com áreas que ultrapassam 13.000 kg/ha. No entanto, a média estadual dos preços caiu para R$ 72,00, e o mercado segue aguardando maior alinhamento entre oferta e demanda.

No Paraná, o cenário é semelhante. O mercado permanece travado, com colheita lenta e clima gerando preocupação. As cotações variam entre R$ 59,36 e R$ 61,46 por saca nas principais regiões, mas em Campos Gerais há pedidos de até R$ 80,00 FOB. O avanço da colheita é muito lento, com apenas 1% da área colhida, segundo o Deral. Além disso, o clima traz riscos adicionais, como previsão de geadas e alta incidência de cigarrinhas, o que pode impactar negativamente a produtividade.

Em Mato Grosso do Sul, a situação não é diferente. O mercado spot está praticamente parado, com preços entre R$ 56,50 e R$ 61,00, dependendo da região. A colheita da segunda safra ainda não ganhou ritmo suficiente para destravar os negócios. Soma-se a isso a preocupação com uma frente fria, que pode provocar geadas e afetar lavouras em estágios críticos. A Aprosoja/MS alerta que 18,5% das áreas já apresentam condições ruins, especialmente nas regiões centro e sul do estado.
 

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