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Preços do trigo devem cair 

Para os vendedores, a recomendação é aproveitar os preços



Para os vendedores, a recomendação é aproveitar os preços Para os vendedores, a recomendação é aproveitar os preços - Foto: Canva

O mercado de trigo no Brasil está seguindo o padrão sazonal esperado, com uma “barriga de baixa” nos preços futuros durante a colheita, que deve ocorrer entre a segunda quinzena de agosto e o final de setembro no Paraná, e entre a segunda quinzena de outubro e o final de dezembro no Rio Grande do Sul, conforme análise da TF Agroeconômica. Esse movimento ocorre devido ao excesso de oferta nesse período, mas pode ser revertido caso ocorram chuvas que prejudiquem a colheita em ambos os estados.

Para os vendedores, a recomendação é aproveitar os preços atuais, que estão acima do que se espera para o período da colheita. Já para os compradores, o momento tradicionalmente mais vantajoso para adquirir trigo é justamente durante a colheita. A partir de fevereiro de 2026, a expectativa é de que os preços iniciem uma trajetória de alta significativa, impulsionada pela redução da oferta da temporada.

Entre os fatores que podem sustentar essa alta estão o forte relatório de vendas semanais do USDA, que registrou aumento de 25% nas vendas de trigo dos EUA para a safra 2025/2026, com destaque para a Nigéria como principal comprador. Por outro lado, o cenário de curto prazo no Brasil não apresenta muitos elementos positivos, exceto a possibilidade, ainda incerta, de chuvas durante a colheita no Paraná, que poderiam afetar a qualidade do produto.

Entre os fatores que pressionam os preços para baixo estão as tensões comerciais globais, a entrada de trigo do Hemisfério Norte no mercado, especialmente com a colheita avançada em países como França e Rússia, que vêm ampliando suas previsões de produção e exportação. No Brasil, o estoque acumulado de trigo, somado à oferta disponível no Rio Grande do Sul, tem mantido os preços pressionados, com queda recente de 1,58% no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul, segundo dados do CEPEA.

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