Milho B3 sobe com frio e atraso na colheita

Os contratos futuros do milho na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) encerraram a terça-feira (25) em alta, impulsionados pelas preocupações com o clima frio e os atrasos na colheita da segunda safra no Brasil. O movimento se descolou da queda observada em Chicago, refletindo fatores locais que ganharam força nos últimos dias.

De acordo com a TF Agroeconômica, a onda de frio acendeu o sinal de alerta para as lavouras ainda não colhidas, o que trouxe sustentação aos preços. A Conab informou que apenas 10,3% da área de milho segunda safra foi colhida até agora, contra 28% no mesmo período do ano passado e abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 17,5%. Apesar dos atrasos, os produtores têm acelerado o ritmo, e a expectativa ainda é de uma safrinha volumosa. Com isso, o mercado segue operando em tendência lateral até que um maior volume chegue efetivamente ao mercado.

Na B3, os preços fecharam com valorização: julho/25 subiu R$ 0,81 no dia, encerrando a R$ 64,59; setembro/25 teve alta de R$ 0,53, chegando a R$ 67,73. O cenário climático atual tem sido o principal fator de suporte, mesmo diante da expectativa de oferta abundante no médio prazo.

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho caiu com vendas técnicas e expectativa de boas condições climáticas nos EUA. O contrato de julho recuou 0,72%, a $ 416,25 por bushel, enquanto o de setembro caiu 1,26%, a $ 412,25. O mercado ignorou, em parte, uma grande venda para o México anunciada pelo USDA e segue pressionado pelas previsões de clima quente com chuvas, o que deve favorecer o desenvolvimento das lavouras no cinturão agrícola norte-americano.