Tensão no Oriente Médio e clima nos EUA pressionam soja em Chicago
Farelo de soja registrou seu menor valor desde 2016

Os preços da soja na Bolsa de Chicago encerraram a semana em queda, influenciados pela trégua no conflito entre Israel e Irã e pelas boas condições climáticas nos Estados Unidos. A cotação do bushel caiu para US$ 10,22 no dia 26 de junho, após alcançar US$ 10,74 durante os primeiros dias da guerra no Oriente Médio.
Segundo informações divulgadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o recuo também foi provocado pelo bom desenvolvimento da safra norte-americana, com 66% das lavouras em condição boa a excelente. O farelo de soja registrou seu menor valor desde 2016, cotado a US$ 270,90 por tonelada curta.
Apesar do bom desempenho nas exportações — com os EUA já tendo embarcado 49,1 milhões de toneladas no ciclo 2024/25 —, a ausência da China nas compras tem gerado apreensão. O gigante asiático vem priorizando soja do Brasil e da Argentina, países mais competitivos devido às tarifas impostas sobre o grão norte-americano.
A expectativa é que o Brasil exporte 15 milhões de toneladas em junho, mantendo sua posição como principal fornecedor global. A competitividade brasileira pode seguir forte, sobretudo enquanto as tarifas contra os EUA estiverem em vigor no mercado chinês.