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Hora de fixar preços da soja no futuro

No curto prazo, alguns fatores têm sustentado preços



No curto prazo, alguns fatores têm sustentado preços No curto prazo, alguns fatores têm sustentado preços - Foto: Divulgação

A possibilidade de mudanças no comércio internacional segue sendo um ponto de atenção para o mercado da soja. Segundo a TF Agroeconômica, se Donald Trump reatar as relações comerciais com a China e o país voltar a comprar em larga escala dos Estados Unidos, os preços em Chicago poderiam subir, mas o impacto no Brasil seria negativo. Isso porque os chineses deixariam de adquirir cerca de 20 milhões de toneladas de soja brasileira, volume que sobraria no mercado interno e pressionaria as cotações para baixo.

Diante desse risco, a consultoria recomenda que produtores brasileiros aproveitem a margem de lucro atual, estimada em 24,20%, e fixem posições no mercado futuro em Chicago ou na B3 de São Paulo, evitando vendas no físico para não correr riscos de quebra de safra. Mesmo no cenário em que a China continue priorizando a soja brasileira, a expectativa de uma produção acima de 180 milhões de toneladas na próxima safra mantém um viés de baixa, já que o aumento dos estoques internos limita novas valorizações.

No curto prazo, alguns fatores têm sustentado preços. Entre eles, a seca no cinturão agrícola dos EUA em um momento decisivo para a definição da produtividade e a projeção da ProFarmer de uma safra americana menor que a estimada pelo USDA. No Brasil, apesar da perspectiva de colheita maior, a demanda chinesa segue firme, contribuindo para altas acumuladas de 0,66% na semana, 2,66% no mês e 2,06% no ano, de acordo com dados do Cepea.

Por outro lado, a ausência de compras chinesas da safra 2025/26 americana, a maior contagem de vagens observada nos campos dos EUA, a volatilidade no mercado de biocombustíveis e as estimativas de safras maiores no Brasil e na Argentina atuam como fatores de baixa. A AgResource Brasil projeta que o país colherá 176,53 milhões de toneladas em 2025/26, enquanto a Argentina deve alcançar 53,60 milhões de toneladas. Esse cenário reforça a recomendação de que produtores brasileiros adotem uma estratégia de venda gradual, garantindo lucros em momentos favoráveis sem comprometer o fluxo futuro de comercialização.
 

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