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Milho: preços físicos se aproximam da B3

No Rio Grande do Sul, o mercado segue travado



No Rio Grande do Sul, o mercado segue travado No Rio Grande do Sul, o mercado segue travado - Foto: Divulgação

O mercado de milho brasileiro encerrou a semana com comportamento misto na B3, refletindo uma maior aproximação entre os preços físicos e os contratos futuros. De acordo com análise da TF Agroeconômica, a ausência da Bolsa de Chicago e o leve ajuste do dólar influenciaram as variações modestas: os contratos de 2025 fecharam em baixa, enquanto os de 2026 apresentaram ligeiras altas. O contrato de setembro encerrou a R$ 62,22, próximo à média Cepea de R$ 64,05, o que sugere possível estabilização de preços no curto e médio prazo.

No Rio Grande do Sul, o mercado segue travado, com compradores oferecendo até R$ 69,00/saca, mas sem atrair vendedores, que resistem à comercialização diante dos baixos preços e mantêm estoques armazenados. Cerca de 80% da safra já foi negociada, enquanto o abastecimento atual depende do milho importado de outros estados e do Paraguai. A situação logística ainda é crítica devido ao estado de emergência em mais de 260 municípios, o que dificulta o escoamento e cria incertezas para o próximo plantio.

Em Santa Catarina, a estiagem no Oeste reduziu a estimativa de safra em 16,5%, acentuando o desequilíbrio entre oferta e demanda. As cotações variam entre R$ 62,00 e R$ 85,00/saca nas diferentes regiões, mas as negociações seguem praticamente paradas. A pressão sobre os setores de suínos e aves é crescente, diante da escassez de milho para ração, e o clima adverso já causou perdas estimadas em R$ 450 milhões.

No Paraná e em Mato Grosso do Sul, o avanço lento da colheita da segunda safra, as geadas recentes e o excesso de umidade têm limitado o ritmo de mercado. No Paraná, com apenas 16% da área colhida até 1º de julho, as perdas foram mais severas em áreas de plantio tardio. Já no MS, apesar dos atrasos, a produtividade média segue estimada em 80,8 sc/ha, com produção projetada em 10,2 milhões de toneladas. Ainda assim, a comercialização segue cautelosa, à espera de maior clareza sobre os impactos climáticos e a reação dos preços.
 

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