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Leve alta no milho de Chicago

Praga da cigarrinha abala produção de milho na América do Sul



Foto: Agrolink

As cotações do milho subiram um pouco nesta semana em Chicago, puxadas especialmente pela disparada no preço do trigo no mercado internacional, segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). Assim, o bushel de milho fechou a quinta-feira (25) valendo US$ 4,41, contra US$ 4,26 uma semana antes.

Segundo o USDA, o plantio da nova safra estadunidense do cereal, no dia 21/04, atingia a 12% da área esperada, contra 10% na média histórica. Naquela data cerca de 3% das lavouras de milho já haviam germinado, contra 2% na média para o período. Por outro lado, os embarques de milho, por parte dos EUA, na semana encerrada em 18/04, somaram 1,62 milhão de toneladas, alcançando um total de 30,3 milhões de toneladas no atual ano comercial, até o momento, contra 22,4 milhões em igual momento do ano passado.

Dito isso, na Argentina, a cigarrinha está fazendo fortes estragos nas lavouras de milho. Somente em abril, a Bolsa de Cereais de Rosário reduziu em 6,5 milhões de toneladas a produção local prevista, devido à cigarrinha, conhecida por lá como chicharrita. Na média, considera-se que a praga deve ter levado a uma perda entre 2 a 3 milhões de toneladas de milho no vizinho país. No entanto, para o diretor da Globaltecnos na Argentina, as perdas chegariam em até 10 milhões de toneladas já consolidadas, o que seria mais de 18% de perda em relação as projeções iniciais dos órgãos oficiais, que era de uma produção final de 53 milhões de toneladas. Esse problema também está presente no Brasil e no Paraguai. Segundo os técnicos, quanto mais cedo a cigarrinha entrar na lavoura maiores serão os danos. As perdas podem chegar à 70% em algumas áreas pela ausência do manejo efetivo. Essas perdas na Argentina, se confirmadas, atingirão sua capacidade de exportação e os preços do cereal.

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