Soja fecha estável em Chicago com apoio do óleo
Apesar da leve alta, fatores de pressão continuam influenciando

Segundo a TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou esta terça-feira praticamente estável, puxada pela valorização do óleo de soja após a aprovação de um pacote fiscal nos Estados Unidos favorável aos biocombustíveis. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, fechou com leve alta de 0,05%, ou 0,50 centavos por bushel, a US\$ 1024,75. Já o contrato de agosto permaneceu estável, cotado a US\$ 1029,75.
O avanço do óleo de soja, com alta de 2,38% no contrato de julho (US\$ 1,25/libra-peso, fechando a US\$ 53,76), foi o principal fator de suporte para o grão. O movimento veio após a aprovação no Senado americano, por 51 votos a 50, do projeto que estende até 2029 os créditos fiscais (45Z) para biocombustíveis de baixo carbono, como o biodiesel. A medida impulsionou o contrato de óleo de agosto, que subiu US\$ 22,27 e fechou em US\$ 1.182,98 por tonelada.
Apesar da leve alta, fatores de pressão continuam influenciando o mercado da soja. O bom andamento da safra norte-americana, com clima favorável nos próximos dias, e a manutenção das boas condições das lavouras pelo USDA nesta semana pesam sobre os preços. Além disso, o relatório trimestral do USDA confirmou estoques maiores em relação ao ano anterior.
Por outro lado, o farelo de soja continua em forte queda. O contrato de julho caiu 0,77% (US\$ -2,10/ton curta), fechando a US\$ 269,20. A demanda insuficiente pelo subproduto, gerado em volume crescente pela produção de óleo, tem pressionado fortemente os preços do farelo no mercado norte-americano.