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Soja: lucros de até 27% pedem venda imediata

A China segue como protagonista no mercado



A China segue como protagonista no mercado A China segue como protagonista no mercado - Foto: Canva

O mercado de soja segue aquecido, sustentado pela boa demanda de exportação e disputa com as indústrias, ainda que de forma moderada. Segundo a TF Agroeconômica, os preços atuais no disponível oferecem margem de lucro de 27,25%, recomendando-se vender parte da disponibilidade para aproveitar o momento, especialmente diante do risco de queda caso haja acordo comercial entre EUA e China. Para a safra 2025/26, já existem compradores pagando R$ 137,00/saca em Paranaguá para maio, o que representa cerca de R$ 132,00 no interior do PR, RS e SC, com lucro de 20,77% — suficiente para garantir custos e justificar a venda de pelo menos 30% da produção.

Entre os fatores de alta, destaca-se o relatório positivo do USDA para a semana de 25 a 31 de julho, com vendas acima das expectativas, e a boa demanda chinesa no Brasil, que mantém os preços firmes mesmo sem avanço no programa de biodiesel. Já nos fatores de baixa, pesam as projeções de maior safra nos EUA, a política tarifária de Donald Trump contra Brasil, Índia e possivelmente China, e as perspectivas de produção recorde no Brasil para 2025/26, estimadas por StoneX e Céleres acima de 177 milhões de toneladas.

A China segue como protagonista no mercado, com importações recordes para julho (11,67 milhões de toneladas), tendência de manter compras acima de 10 milhões/t nos próximos meses e preferência pela soja brasileira devido à oferta abundante. No acumulado de janeiro a julho, as importações chinesas subiram 4,6% ante 2024. A ANEC projeta exportações brasileiras de soja em 87,91 milhões de toneladas até agosto, alta de 4,79% no comparativo anual.

Na Europa, as compras de soja e farelo da safra 2025/26 começaram mais lentas, com quedas de 26% e 21% respectivamente frente ao ano anterior. Mesmo assim, o Brasil lidera o fornecimento para o bloco. Em meio a tensões comerciais e incertezas geopolíticas, a recomendação segue clara: aproveitar preços e travar margens lucrativas antes de possíveis recuos.
 

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