Soja recua em Chicago com clima favorável nos EUA
A pressão baixista decorre de um cenário climático positivo no Meio-Oeste dos EUA

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago encerraram o pregão desta quinta-feira (26) em baixa, pressionados por boas condições climáticas nas lavouras norte-americanas e pela ausência de grandes compradores no mercado internacional, segundo a TF Agroeconômica. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, caiu 0,24%, fechando a US\$ 1.022,75/bushel. Já o contrato de agosto recuou 0,17%, a US\$ 1.027,75/bushel. O farelo de soja para julho caiu 1,85%, a US\$ 270,9/ton curta, enquanto o óleo de soja subiu 1,35%, cotado a US\$ 52,52/libra-peso.
A pressão baixista decorre de um cenário climático positivo no Meio-Oeste dos EUA, com previsões de chuvas acima da média para os próximos 6 a 14 dias, favorecendo o desenvolvimento da safra 2024/2025. Ao mesmo tempo, a demanda global continua enfraquecida. A China (principal compradora mundial) ainda não realizou compras significativas da nova safra americana. Em um movimento pontual, o país asiático fez uma compra-teste de 30 mil toneladas de farelo de soja da Argentina, o primeiro negócio do tipo desde 2019.
O relatório semanal do USDA reforçou o tom neutro do mercado, com vendas de soja 2024/2025 totalizando 402,9 mil toneladas — abaixo das 539,5 mil da semana anterior, mas dentro do intervalo esperado pelos analistas (200 mil a 600 mil toneladas). Para a safra 2025/2026, foram registradas 156,2 mil toneladas, acima da semana anterior e da expectativa de 0 a 150 mil toneladas. A ausência da China, o ritmo moderado das exportações brasileiras e a continuidade de boas condições climáticas nos EUA mantêm a pressão sobre os preços, que já acumulam cinco sessões consecutivas de queda.