Produção de amendoim deve bater recorde em 2024/25
Amendoim se destaca no consumo das festas juninas

Com a chegada das festas juninas, o consumo de amendoim ganha destaque nas mesas brasileiras. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), a cultura, tradicional na culinária sazonal, mantém sua relevância mesmo após décadas de mudanças na indústria de óleos vegetais.
Até a década de 1970, o amendoim era amplamente utilizado na fabricação de óleo refinado. No entanto, a introdução da soja como alternativa mais viável economicamente reduziu significativamente essa aplicação, consolidando o óleo de soja como padrão. Desde então, o amendoim passou a ocupar um espaço mais restrito e voltado ao consumo direto e à indústria de confeitaria.
"O amendoim se tornou um produto de nicho, valorizado por suas diversas formas de apresentação, como paçocas, pés-de-moleque, versões caramelizadas ou in natura", diz o boletim do Deral. O consumo tende a aumentar em junho, impulsionado pelas festividades típicas do mês.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção nacional de amendoim para a safra 2024/25 em 1,16 milhão de toneladas. Se confirmada, será a maior já registrada no país. O estado de São Paulo concentra cerca de 80% dessa produção. O Mato Grosso do Sul aparece como segundo maior produtor, com 175,1 mil toneladas, ou 15% do total.
O Paraná, por sua vez, deve colher 7,9 mil toneladas, o que representa cerca de 0,7% da safra nacional. Apesar da participação modesta, o estado segue contribuindo para o abastecimento em um período de maior demanda.