Helicoverpa exige manejo integrado e rotativo
Helicoverpa armigera segue sendo uma das pragas mais preocupantes

A Helicoverpa armigera segue sendo uma das pragas mais preocupantes para os produtores brasileiros. De acordo com a engenheira agrônoma Maiara Franzoni, em publicação no Blog da Aegro, a lagarta ataca diversas culturas agrícolas, como soja, milho, feijão, algodão, café e citros, com potencial para comprometer seriamente a produtividade.
“A presença da lagarta reduz significativamente a produção e pode acabar com a cultura desde os estádios iniciais”, alerta Franzoni. Segundo ela, a Helicoverpa se alimenta de todas as partes das plantas, o que pode causar o apodrecimento e a queda das estruturas vegetais, comprometendo o desenvolvimento e a colheita.
O controle da praga exige manejo integrado e atenção redobrada ao uso de produtos químicos. Casos de resistência da Helicoverpa a inseticidas piretroides já foram identificados no Brasil. Por isso, o uso de plantas geneticamente modificadas com tecnologia Bt, associadas ao uso correto de áreas de refúgio, é uma das principais estratégias recomendadas.
Além disso, práticas como a rotação de culturas, a adoção do vazio sanitário e o manejo de inimigos naturais integram as ações necessárias para o controle da infestação. O uso de inseticidas continua sendo uma ferramenta válida, mas deve ser feito com base na rotação de mecanismos de ação e evitando produtos como fosforados e piretroides no início da cultura, pois esses compostos afetam organismos benéficos.
Franzoni destaca que o sucesso no controle depende de planejamento técnico, com foco em sustentabilidade e na preservação de agentes naturais de controle biológico.