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Safra de milho 2024/25 tem ritmo lento em todo o país

Mato Grosso lidera colheita da segunda safra de milho



Foto: Pixabay

De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), divulgada nesta quinta-feira (5) referente à semana entre os dias 30 de maio e 5 de junho, o mercado está pressionado pela expectativa de maior oferta, à medida que a colheita da segunda safra ganha ritmo. “Os consumidores do cereal aguardam preços mais baixos para comprarem”, destaca a análise.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que apenas 0,8% das lavouras havia sido colhido no país, número inferior ao registrado no mesmo período de 2023 (3,7%) e à média histórica (2,1%). Mato Grosso liderava o ritmo de colheita, com 2,9%, seguido por Paraná (1,2%), Maranhão e Mato Grosso do Sul (1%), Goiás (0,8%), Tocantins e Minas Gerais (0,6%).

Ainda segundo a Conab, 35,2% das áreas plantadas estavam em fase de maturação, 56,7% em enchimento de grãos, 6,7% em floração e 0,6% ainda em desenvolvimento vegetativo. No Centro-Sul, conforme dados da AgRural, até 29 de maio, 1,3% da área semeada havia sido colhida. Para esta consultoria, a produção total do milho no Brasil deverá alcançar 128,5 milhões de toneladas na safra 2024/25.

No Mato Grosso, principal produtor nacional, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que, no fim da semana anterior, a colheita da segunda safra havia atingido 0,97%, abaixo dos 4,73% registrados no mesmo período de 2024 e da média de 2,61%. A produção estadual está estimada em 50,6 milhões de toneladas, com produtividade média de 117,7 sacas por hectare. A demanda interna no estado deve se manter próxima a 50 milhões de toneladas, influenciada pelo aumento de 4,3% no consumo local, puxado por uma elevação de 9,4% na demanda das usinas de etanol de milho, responsáveis por 76,6% do total.

As exportações de milho de Mato Grosso também devem crescer 9,4% na safra 2024/25, representando 53,8% da demanda total e alcançando 26,9 milhões de toneladas.

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) apontou que, até 2 de junho, a colheita havia atingido 3% da área semeada. As lavouras apresentavam 40% em maturação, 54% em frutificação, 5% em floração e 1% em desenvolvimento vegetativo. Em relação ao estado das lavouras, 65% estavam em boas condições, 22% médias e 13% em situação considerada ruim.

Já no Mato Grosso do Sul, a Aprosoja local estima uma colheita em 2,1 milhões de hectares, com produção esperada de 10,2 milhões de toneladas e produtividade média de 80,8 sacas por hectare. No início da semana, 78% das lavouras estavam em boas condições, 15,3% regulares e 6,6% ruins. Até o momento, 26% da produção já havia sido comercializada, seis pontos percentuais acima do volume negociado no mesmo período do ano anterior. O preço médio da saca no estado foi de R$ 56,88 na semana encerrada em 2 de junho, com queda de 3,6% em relação à semana anterior e 16,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2024.

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