Cotação do algodão cai com força em julho e registra menor média desde novembro de 2024
O mercado do algodão em pluma tem enfrentado uma retração expressiva

O mercado do algodão em pluma tem enfrentado uma retração expressiva nos preços, influenciado por fatores internos e externos que limitam o ritmo das negociações no setor. A colheita mais avançada nesta época do ano, combinada com a demanda ainda enfraquecida e o volume elevado de excedente no mercado doméstico, tem contribuído para a intensificação das quedas nas cotações.
De acordo com informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a pressão sobre os preços também está ligada ao cenário internacional. A desvalorização do algodão no mercado externo tem reduzido a paridade de exportação, o que amplia ainda mais o movimento de queda nos valores praticados no Brasil. Em julho, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou média de R$ 4,1061 por libra-peso, recuo de 4,03% em relação a junho de 2025 e queda real de 2% frente a julho de 2024. Esta é a menor média mensal, em termos nominais, desde novembro de 2024.
A tendência de baixa preocupa produtores e agentes do setor, que seguem atentos às movimentações do mercado interno e internacional. A menor competitividade no comércio exterior, provocada pelos preços internacionais mais baixos, limita o escoamento da produção brasileira, mesmo diante de uma safra robusta.
Analistas destacam que o comportamento dos preços nas próximas semanas dependerá da evolução da demanda e do ritmo das exportações. Caso a procura interna e externa não reaja de forma consistente, o mercado pode continuar pressionado, aumentando a cautela dos produtores na hora da comercialização.