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Mercado de lácteos recua com aumento da oferta e baixa demanda

Os preços devem seguir pressionados no curto prazo


Foto: Divulgação

Os preços dos principais derivados lácteos mantiveram trajetória de baixa em agosto, segundo dados do Centro de Inteligência do Leite. O movimento reflete aumento na oferta, competição entre laticínios e impacto das importações. De acordo com levantamento do Centro de Inteligência do Leite (CILeite), o mercado de lácteos permaneceu pressionado em agosto, com queda expressiva nas cotações do leite Spot e desvalorização nos preços de derivados como queijo muçarela, leite UHT e leite em pó.

O queijo muçarela registrou a maior retração no período, atribuída ao crescimento da oferta e à maior pressão de vendas por parte dos laticínios. O leite UHT também apresentou desaceleração nos preços, embora de forma mais moderada. Já o leite em pó sofre adicionalmente com a concorrência de produtos importados, o que amplia a pressão sobre as cotações.

No mercado Spot – que representa as negociações diretas entre indústrias – a tendência foi de enfraquecimento nas últimas quinzenas, impulsionada pelo aumento do volume de leite ofertado e pela menor disposição dos compradores. Estoques ligeiramente mais altos e a busca do varejo por recomposição de margens reforçaram o viés baixista.

"Há uma combinação de fatores atuando simultaneamente: aumento na captação, competição acirrada entre laticínios e uma demanda que ainda não reage como o setor esperava", afirma o analista de mercado do CILeite, [nome do especialista], ressaltando que a situação é generalizada em diversas regiões produtoras.

As sinalizações dos Conseleites estaduais confirmam o cenário adverso para o produtor. As projeções para o pagamento do leite entregue em agosto indicam recuos em todos os estados acompanhados. Paraná e Rio Grande do Sul lideraram as quedas, enquanto Santa Catarina e Minas Gerais apresentaram retrações mais suaves.

A queda nos preços pagos ao produtor acompanha a tendência do mercado atacadista. “O setor vive um momento de desalinhamento entre oferta e demanda. Mesmo com custos de produção ainda elevados, a pressão vem da cadeia como um todo”, avalia [nome de técnico de associação ou cooperativa].

Os preços devem seguir pressionados no curto prazo. A expectativa de recuperação está atrelada à retomada da demanda interna ou à redução da competitividade dos produtos importados. Enquanto isso, o produtor lida com margens mais estreitas, o que pode influenciar decisões de produção nos próximos meses.

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