Milho apresenta valorização na parcial do mês

Após duas baixas mensais consecutivas, os preços do milho em Chicago estão apresentando uma valorização na parcial de março, registrando um aumento na casa de USD 4,28/bu. Essa tendência de alta também é observada no mercado internacional, com a parcial de março para a praça de Campinas (SP) seguindo com uma leve alta nos preços em comparação a fevereiro. No entanto, apesar dessa valorização, a comercialização do cereal segue lenta devido ao cenário de preços mais comportados e às incertezas quanto ao desenvolvimento da segunda safra.

Em média, a saca de milho está cotada ao redor de R$ 63 na praça de Campinas desde o final de janeiro. Apesar da pressão de oferta, com a colheita da primeira safra se aproximando da metade, o volume deve ser 14,5% inferior ao ano passado, segundo projeções da Conab, que estima uma produção de 23,4 milhões de toneladas para o milho verão.

Os vendedores têm limitado os volumes ofertados, aguardando uma valorização dos preços. Segundo o Imea, apenas 21,8% da safra mato-grossense de milho foi comercializada, um número muito abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 55,6%, marcando a mínima do período. Além disso, o clima mais quente e seco observado nos últimos dias, especialmente na região central do Brasil, trouxe preocupações sobre o desenvolvimento das lavouras de segunda safra.

Até março, apenas 20 milhões de toneladas de milho foram embarcadas pelos EUA no ano comercial (setembro-agosto), para uma venda já realizada de 39 milhões de toneladas. A previsão do USDA para o ano comercial é de 53,3 milhões de toneladas. Uma melhora no ritmo das vendas dos EUA poderia trazer alguma recuperação para as cotações em Chicago.