Mudanças climáticas potencializam meteorologia
“A percepção de que os eventos climáticos extremos estão se ampliando cresceu muito"
Agrolink
- Leonardo Gottems
“A percepção de que os eventos climáticos extremos estão se ampliando cresceu" - Foto: Pixabay
Os fenômenos climáticos cada vez mais frequentes e intensos, como os registrados no Rio Grande do Sul, têm impactado a economia brasileira e diversos setores, aumentando a demanda por serviços de previsões meteorológicas. A Climatempo, a maior empresa de soluções meteorológicas do Brasil e da América Latina, observa um crescimento na procura por seus serviços de consultoria. Esse aumento de demanda não se limita aos setores tradicionais como energia e agronegócios, mas também abrange varejo, infraestrutura, logística, entre outros.
“A percepção de que os eventos climáticos extremos estão se ampliando cresceu muito e se acelerou com a tragédia no Rio Grande do Sul, e isso preocupa cada vez mais a sociedade e as empresas, ao mesmo tempo que elas abraçam mais a agenda ESG”, relata Nil Nunes, COO da Climatempo.
Atividades do varejo, logística, delivery de alimentos, confecção de roupas, cosméticos, condicionadores de ar e empreendimentos de infraestrutura estão entre as mais vulneráveis às variações climáticas intensas. Nunes observa que eventos climáticos extremos colocam em risco tanto atividades ao ar livre quanto aquelas cujas vendas dependem do clima, levando empresas a buscar previsões meteorológicas precisas para planejar operações e mitigar impactos.
Dados meteorológicos ajudam a determinar o melhor momento para produzir coleções de roupas sazonais, reforçar estoques de ar-condicionado e ventiladores, tomar medidas preventivas em rodovias diante de tempestades ou secas previstas, e aumentar o número de motoboys em dias chuvosos devido ao aumento de pedidos de delivery de alimentos.
O foco crescente na agenda ESG está impulsionando a demanda por análises climáticas. Empresas buscam alinhar suas práticas ambientais às variações climáticas, enquanto instituições financeiras, incluindo bancos e seguradoras, também utilizam esses dados. O COO da Climatempo destaca que o uso de geradores a diesel em caso de falta de energia está sendo monitorado para melhorar o gerenciamento e reduzir emissões de carbono.
