Agro brasileiro se destaca em sustentabilidade
Entretanto, a infraestrutura ainda é um desafio

Segundo Paulo Vilela, diretor de Engenharia da AGCO, o agronegócio brasileiro tem se destacado ao unir produtividade e sustentabilidade, com foco na adoção de combustíveis alternativos em máquinas agrícolas. O país possui uma matriz energética favorável, com o etanol já consolidado e o biometano ganhando espaço como opção estratégica. Produzido a partir de resíduos de milho e cana, o biometano pode ser gerado nas próprias fazendas, aumentando a segurança energética e reduzindo a dependência do diesel.
Na AGCO, a prioridade é liderar essa transição com inovação. Hoje, as máquinas operam com motores que atendem ao padrão MAR-1 de emissões e avançam para o MAR-2, que visa reduzir poluentes como óxidos de nitrogênio e material particulado. A empresa investe em reengenharia para adaptar cada componente dos equipamentos, garantindo eficiência com combustíveis renováveis.
Entretanto, a infraestrutura ainda é um desafio. A produção de biometano exige biodigestores, armazenamento e transporte adequados, demandando investimento do produtor. Para superar esses obstáculos, a AGCO apoia clientes com consultoria técnica, soluções personalizadas e testes em campo, avaliando desempenho, consumo e viabilidade econômica.
“Portanto, a transição energética é inevitável. Estamos vendo avanços importantes na mistura de biodiesel ao diesel tradicional, com perspectivas de alcançar o B20 nos próximos anos. Ao mesmo tempo, o uso do etanol em máquinas agrícolas deve crescer. A AGCO se prepara para todos esses cenários, desenvolvendo soluções para uma matriz energética agrícola diversificada e resiliente. O Brasil tem tudo para ser protagonista nesse processo. Afinal, um agro mais limpo, eficiente e inovador é bom para o produtor, para o planeta e para todos nós”, conclui.