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Trigo em ritmo lento no Sul

No Paraná, 83% das lavouras apresentam boas condições



No Paraná, 83% das lavouras apresentam boas condições No Paraná, 83% das lavouras apresentam boas condições - Foto: Divulgação

O mercado de trigo no Sul do Brasil segue em ritmo lento, com negociações pontuais e compradores e vendedores em compasso de espera. Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul o trigo pão comum disponível é negociado a R$ 1.330 FOB, mas a demanda está fraca, com moinhos ainda abastecidos até outubro. A safra nova, que começa no próximo mês, não atrai interessados, e estima-se que cerca de 90 mil toneladas já tenham sido negociadas, sendo 60 mil destinadas à exportação e 30 mil para moinhos locais. Os estoques de safra velha devem se encerrar em setembro, ficando o abastecimento concentrado nas indústrias.

Em Santa Catarina, os primeiros lotes de trigo novo começam a aparecer, mas a produção deve ser 16,77% menor que a do ano anterior. Apesar da oferta, os preços pagos aos produtores seguem em queda, acumulando recuos semanais consecutivos. Atualmente, os valores variam de R$ 72,00 a R$ 76,00 por saca, dependendo da região, refletindo a pressão sobre os triticultores, que enfrentam margens cada vez mais apertadas.

No Paraná, 83% das lavouras apresentam boas condições, segundo dados do Deral. A colheita já começou, e alguns lotes de trigo novo estão sendo oferecidos no norte do estado a preços entre R$ 1.380 e R$ 1.400 FOB. Entretanto, o frete até os moinhos eleva o custo, fazendo com que o produto importado do Paraguai e da Argentina seja mais competitivo. Esse cenário já pressiona o mercado interno, que registrou queda de 3,17% nos preços pagos aos agricultores na semana, reduzindo a média para R$ 73,05 por saca.

Com preços abaixo do custo médio de produção no Paraná, calculado em R$ 74,63 por saca, os produtores já operam no prejuízo. O mercado futuro chegou a oferecer margens positivas ao longo do ano, mas quanto mais próxima a colheita, menor tende a ser o lucro, deixando o triticultor em situação delicada diante da concorrência com os grãos importados.
 

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