Milho recua na B3 e em Chicago com pressão do dólar
Apesar da baixa no dia, o milho fechou a semana em alta

Segundo a TF Agroeconômica, as cotações do milho na B3 encerraram a sexta-feira (23) em queda, pressionadas pela desvalorização do dólar, pela baixa em Chicago e pela preocupação com a gripe aviária no Brasil, que impacta a demanda da indústria de rações, especialmente no Sul do país. Além disso, a proximidade da colheita da safrinha, com relatos de máquinas já entrando em campo, também pressionou os preços no mercado interno.
Apesar da baixa no dia, o milho fechou a semana em alta, com recuperação dos preços no meio do período. Na B3, o contrato julho/24 recuou R\$ 0,27 no dia, fechando a R\$ 63,19, mas acumulou alta de R\$ 1,18 na semana. Julho/25 caiu R\$ 0,31 no dia, para R\$ 64,34, ainda assim subindo R\$ 0,43 na semana. Setembro/25 encerrou o dia a R\$ 67,73, queda de R\$ 0,73, porém com ganho semanal de R\$ 0,58.
Em Chicago, o milho também fechou em baixa nesta sexta-feira, influenciado pela realização de lucros antes do feriado prolongado nos EUA e pela ameaça de Donald Trump de elevar as tarifas sobre produtos da União Europeia para até 50%. Isso trouxe insegurança ao mercado, mesmo após os EUA ultrapassarem o Brasil como segundo maior fornecedor de milho para o bloco europeu, atrás apenas da Ucrânia. As cotações de julho caíram 0,76% (US\$ 3,50) para US\$ 459,50 por bushel, enquanto setembro recuou 0,74% (US\$ 3,25) para US\$ 437,75 por bushel.
Apesar da queda no dia, Chicago encerrou a semana com alta acumulada de 3,61%, ou US\$ 16,00 por bushel, refletindo o bom desempenho das exportações americanas no período e o fortalecimento da demanda externa.