Venda da soja: Use o mercado a seu favor
A orientação principal é aprender a operar no mercado futuro de Chicago

A TF Agroeconômica recomenda que produtores de soja aproveitem os fundamentos ainda favoráveis e busquem estratégias de comercialização com base no mercado futuro, principalmente diante das incertezas do cenário internacional. Segundo análise divulgada pela consultoria, o Brasil permanece praticamente sozinho no fornecimento de grandes volumes de soja, frente à resistência chinesa à soja americana e ao recuo da Argentina devido à volta das retenciones cheias.
A orientação principal é aprender a operar no mercado futuro de Chicago para garantir melhores preços. A TF alerta que produtores que não fixaram preços em maio de 2024 já perderam metade do lucro. Além disso, recomenda-se dividir a produção em pelo menos 10 lotes e vender gradualmente conforme os gráficos indicarem altas — acompanhando os boletins diários, pois os movimentos de valorização podem ocorrer em qualquer dia da semana.
Entre os fatores de alta destacados, estão a valorização do farelo de soja com a retomada da demanda da Indonésia, e do óleo de soja impulsionado pela indústria de biodiesel, com aumentos semanais de 1,37% e 3,85%, respectivamente. Rumores sobre possíveis compras chinesas de soja americana também ajudaram a sustentar os preços, embora o país tenha priorizado compras do Brasil — 151 dos 232 navios adquiridos desde junho.
Por outro lado, pesam negativamente a ameaça de novas tarifas de Donald Trump sobre produtos europeus, que gerou realização de lucros no mercado de óleo, além do aumento da estimativa de produção de soja na Argentina para 49,5 milhões de toneladas. No Brasil, espera-se uma produção recorde entre 179 e 180 milhões de toneladas para a próxima safra, o que também pode limitar novas altas.