Milho B3 sobe com dólar; Chicago recua com tarifas dos EUA
A média do indicador Cepea recuou 1,78% na semana

Os contratos futuros de milho na B3 encerraram a sexta-feira (12) em alta, com destaque para o vencimento de setembro/25, que fechou a R\$ 63,98, valorizando-se R\$ 1,03 no dia e R\$ 1,76 na semana. Segundo a TF Agroeconômica, essa alta foi impulsionada principalmente pela valorização do dólar, que acumulou alta de 2,28% nos últimos dias, e pela resistência dos preços futuros dentro de uma faixa estreita, mesmo com o mercado físico em queda.
A média do indicador Cepea recuou 1,78% na semana, enquanto o contrato de setembro da B3 subiu 2,83%, ficando R\$ 1,07 acima do preço físico. A safra brasileira de milho para 2025 deve se manter estável, com estimativas da Conab e do USDA em 131,97 e 132 milhões de toneladas, respectivamente. No entanto, os números divergem nas projeções de exportações: o USDA prevê 43 milhões de toneladas, contra 36 milhões da Conab. Os contratos de julho/25 e novembro/25 também encerraram em alta, cotados a R\$ 62,99 e R\$ 67,23, respectivamente.
Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho fechou o dia e a semana em baixa, pressionado por tarifas comerciais impostas pelo governo Trump. O contrato de setembro caiu 0,81%, para \$396,00/bushel, e o de dezembro recuou 1,02%, para \$412,25/bushel. Apesar da demanda aquecida, a ampla oferta americana e a revisão para cima da safra brasileira aumentaram a cautela dos compradores.
O USDA elevou a estimativa das exportações dos EUA de 67,31 para 69,85 milhões de toneladas. Já o milho brasileiro foi mantido em 43 milhões, valor acima dos 36 milhões projetados pela Conab. A tensão comercial envolvendo tarifas de 35% sobre o Canadá e de 30% sobre México e Europa aumentou a aversão ao risco e ajudou a derrubar as cotações, que acumulam queda semanal de 5,77% ou 24,25 cents/bushel.