Embrapa recebe R$ 38,7 milhões para avançar em biotecnologia

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecupária (Embrapa) teve três projetos aprovados na chamada de 2024 dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), conforme divulgado pelo CNPq. A iniciativa contou com o maior investimento da história do programa, totalizando R$ 1,63 bilhão, com apoio do FNDCT e de Fundações de Amparo à Pesquisa. Os projetos da estatal garantiram um aporte total de R$ 38,7 milhões para pesquisas voltadas à inovação, sustentabilidade e desenvolvimento agropecuário.

O maior repasse, de R$ 14,3 milhões, será destinado ao INCT MicroAgro, coordenado por Mariangela Hungria, da Embrapa Soja. A proposta visa desenvolver soluções biotecnológicas com microrganismos multifuncionais que promovam a redução do uso de insumos químicos e o aumento da eficiência agrícola, contribuindo para uma agricultura mais sustentável e produtiva.

Com mais de 180 integrantes em 21 grupos de nove unidades da Embrapa, além de 12 instituições acadêmicas e de pesquisa de todo o país, o projeto prevê 44 metas e 48 entregas, incluindo estudos “ômicos”, lançamento de bioinsumos e melhoramento de plantas hospedeiras. Também estão previstas parcerias com 22 empresas e instituições de cinco continentes.

“Foram delineados 16 objetivos específicos com 44 metas e previsão de 48 tipos de entregas, desde a bioprospecção, manutenção, com acreditação, estudos “ômicos” com microrganismos e lançamento de bioinsumos, passando pelo melhoramento clássico e assistido de plantas hospedeiras, até uma forte ação em comunicação”, explica.

Segundo Hungria, o INCT MicroAgro responde às crescentes demandas do setor por inovação em bioinsumos, especialmente após o lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos. O objetivo é colocar o Brasil na vanguarda mundial do desenvolvimento e uso dessas tecnologias.