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Milho na B3 fecha em alta com clima frio e atrasos

A onda de frio traz alerta às lavouras brasileiras ainda por colher



A onda de frio traz alerta às lavouras brasileiras ainda por colher A onda de frio traz alerta às lavouras brasileiras ainda por colher - Foto: Nadia Borges

As cotações do milho apresentaram comportamento misto nesta segunda-feira tanto na B3 quanto no mercado internacional de Chicago. No Brasil, a Bolsa de Valores registrou altas nos principais contratos, impulsionadas pela preocupação com uma onda de frio que afeta as lavouras ainda não colhidas e pelos atrasos na colheita da safrinha. Por outro lado, no mercado americano, o milho fechou em baixa, influenciado por incertezas geopolíticas e perspectivas de melhora no clima para as lavouras dos Estados Unidos.

De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato de milho para novembro na B3 foi o único a apresentar ajuste negativo, enquanto os demais contratos mostraram valorização. A onda de frio traz alerta às lavouras brasileiras ainda por colher, embora, como ocorreu na soja e no início do plantio do milho, uma recuperação rápida seja possível. Já o mercado físico no Brasil segue sob pressão, com cotações em queda conforme indica o levantamento do Cepea. A oferta estimada para a segunda safra de milho, calculada pela Conab em 101 milhões de toneladas, 12% superior à safra anterior e a segunda maior da série histórica, contribui para a queda nos preços, assim como limitações na capacidade de armazenamento e desvalorização do dólar, que reduzem a paridade de exportação. No início da colheita, os vendedores de regiões produtoras mostram-se mais flexíveis, intensificando a pressão sobre os preços.

No cenário internacional, o milho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o dia em baixa significativa. O contrato de julho fechou cotado a US$ 419,25 por bushel, com queda de 2,22%, enquanto o vencimento de setembro recuou 1,88%, a US$ 417,50 por bushel. O mercado externo tem reagido à instabilidade no Oriente Médio, com dúvidas acerca do conflito regional, aumento dos custos de frete e do petróleo, e restrições no acesso a alguns mercados consumidores. A perspectiva de melhora das condições climáticas nas próximas semanas para as lavouras americanas também pesou na desvalorização das cotações.

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