Rompimento de silos causa prejuízos milionários e preocupa produtores no Rio Grande do Sul
Consequências das chuvas continuam a se manifestar
As consequências das fortes chuvas que assolaram o estado do Rio Grande do Sul continuam a se manifestar de maneiras impactantes. Até a manhã desta sexta-feira, o número de mortos já passa de 100, além de centenas de desaparecidos e desalojados. Conforme relatórios da Defesa Civil, os feridos já totalizam 756 e os estragos se estendem por 44 cidades, conforme as autoridades.
Em meio a essa tragédia, o engenheiro agrônomo Juarez Morbini trouxe à tona uma questão preocupante: o rompimento de silos, agravando ainda mais os prejuízos enfrentados pelos produtores locais. "O que acontece é que esses silos, estando cheios principalmente de milho ou soja, ou seja lá o que for, absorvem essa umidade. Isso faz com que os grãos se expandam, exercendo uma pressão interna tão intensa que pode romper as paredes dos silos", explicou Morbini.
Ele ressaltou que os danos vão além da perda dos grãos armazenados: "Esse material todo não poderá ser aproveitado, pois além de estar contaminado pela água das enchentes, pode conter vírus e bactérias nocivos tanto para humanos quanto para animais."
Morbini também enfatizou a importância da agricultura para a recuperação do estado, cuja economia depende significativamente do setor agrícola. "Estamos enfrentando prejuízos enormes em diversas áreas, desde a suinocultura até a produção de ovelhas. A reconstrução será árdua, mas a agricultura será fundamental nesse processo", concluiu o engenheiro agrônomo.