Umidade favorece perfilhamento de pastagens
Clima favorece desenvolvimento de pastagens

A umidade do solo e as temperaturas amenas registradas nas últimas semanas têm favorecido o perfilhamento e o crescimento das pastagens anuais de inverno no Rio Grande do Sul. A análise é da Emater/RS-Ascar, divulgada no Informativo Conjuntural da última quinta-feira (22).
Segundo o levantamento, nas áreas semeadas com maior antecedência, o pastejo já ocorre com uso de piqueteamento. Já as pastagens perenes permanecem em pousio e estão sendo utilizadas como áreas de permanência dos animais. Os campos nativos, por sua vez, iniciam a fase de repouso, com redução da produção forrageira, o que tem levado à migração gradual dos bovinos para áreas cultivadas.
Na região de Bagé, as chuvas permitiram o avanço do plantio em áreas que estavam atrasadas. “Também foram realizadas adubações para estimular o crescimento e o perfilhamento das forrageiras”, informa o boletim. Em Caxias do Sul, o ciclo das pastagens de verão foi encerrado, enquanto as de inverno ainda não atingiram volume de matéria seca suficiente para alimentar os rebanhos. A disponibilidade de silagem tem suprido essa lacuna.
Em Erechim, as baixas temperaturas prejudicam o rebrote das forrageiras, comprometendo a oferta de pasto. Em Frederico Westphalen, espécies de inverno foram implantadas em sobressemeadura nas áreas de pastagens perenes de verão, que estão em fim de ciclo.
Na região de Ijuí, a regularização da umidade do solo favorece o bom desenvolvimento das pastagens anuais de inverno. Em Passo Fundo, foram realizadas adubações com nitrogênio e cama de aviário, e o trigo destinado à silagem está em fase inicial de crescimento.
Na área de abrangência da regional de Porto Alegre, as pastagens de inverno ainda não estão prontas para o pastejo, reflexo do atraso no plantio causado pela estiagem. Já em Santa Maria, no município de Cacequi, o uso da cultivar Aruana, da espécie Panicum maximum, é comum devido à sua adaptação às condições locais de solo.
Em Soledade, as pastagens de verão, embora no final do ciclo, ainda oferecem volume forrageiro. Nos campos nativos, destaca-se a produção de sementes da leguminosa pega-pega (Desmodium incanum), favorecida pela boa umidade do solo.