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Ferramenta facilita o cultivo de ostra nativa no Nordeste

Pesquisa desenvolve mesa flutuante de baixo custo para cultivo de ostra nativa


Foto: Pixabay

Conforme o informado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE) apresentaram uma nova ferramenta para impulsionar a malacocultura na região: a Mesa Móvel Flutuante Realocável para o Cultivo de Ostras (Mesa Ostranne). Desenvolvido como parte do projeto "Bases tecnológicas para a produção sustentável de ostras nativas no Norte e Nordeste do Brasil" (Ostranne), liderado pela pesquisadora Angela Legat, o equipamento promete revolucionar a produção de Crassostrea gasar, a principal espécie de ostra nativa cultivada na região.

A Mesa Ostranne é uma solução simples e de baixo custo que permite o acesso às ostras independente da amplitude da maré, reduzindo a carga de trabalho dos produtores. Além disso, ela oferece a flexibilidade de ser movida para a margem ou locais alternativos de manejo, protegendo os moluscos de condições adversas como alta salinidade e correntes fortes.

Estudos conduzidos com a nova tecnologia mostram que as ostras cultivadas nessas mesas flutuantes apresentam maior taxa de crescimento e sobrevivência em comparação com aquelas criadas em estruturas tradicionais fixas. No parque aquícola norte de Sergipe, onde a tecnologia foi validada, 91% dos moluscos cultivados atingiram o tamanho mínimo comercial, enquanto apenas 14% dos criados em mesas fixas alcançaram o mesmo desempenho.

A malacocultura, ou cultivo de moluscos, tem ganhado destaque nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, porém enfrenta desafios para se estabelecer de forma competitiva. A Mesa Ostranne promete ser uma peça-chave para impulsionar o setor, oferecendo uma alternativa eficiente e sustentável para os produtores.

A nova tecnologia será lançada oficialmente pela Embrapa no dia 25 de abril, durante as comemorações de seus 51 anos de atividade. O projeto Ostranne tem financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A produção mundial de animais aquáticos cultivados, onde os moluscos ocupam uma parcela significativa, continua a crescer. No entanto, a malacocultura brasileira ainda enfrenta desafios, especialmente nas regiões tropicais, onde as práticas de cultivo precisam ser adaptadas às condições climáticas locais. A Mesa Ostranne representa um avanço importante nesse sentido, oferecendo uma solução adaptável e eficaz para os produtores da região Nordeste do Brasil.

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