Capim-amargoso resistente acende alerta
O caso reforça a urgência de práticas agronômicas sustentáveis e preventivas

O avanço da resistência múltipla do capim-amargoso (Digitaria insularis) preocupa produtores e técnicos agrícolas em Chapadão do Céu (GO) e Chapadão do Sul (MS). Segundo José Herickson, gerente agrícola no Grupo Safra, foi confirmada a resistência de biótipos da planta daninha aos herbicidas cletodim e haloxifope-p-metílico (Grupo 1 – Inibidores da ACCase) e ao glifosato (Grupo 9 – Inibidor da EPSPS), conforme alerta técnico divulgado pelo HRAC-BR em 14 de julho.
A constatação foi feita com base em estudos conduzidos com metodologias reconhecidas, reforçando a necessidade de adoção imediata de estratégias de controle. O capim-amargoso já é conhecido por sua capacidade de desenvolver resistência, tanto simples quanto múltipla, o que exige vigilância constante em áreas agrícolas de alta produtividade e também de culturas mais sensíveis.
Nesse cenário, entre as recomendações para técnicos, consultores e produtores, destacam-se a implementação do manejo integrado de plantas daninhas, o uso de sementes certificadas (especialmente para culturas como soja, milho e algodão), e a limpeza rigorosa de maquinários agrícolas antes e depois do uso em áreas suspeitas. Também é essencial eliminar manualmente as plantas remanescentes ou utilizar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, promovendo a rotação de produtos.
O caso reforça a urgência de práticas agronômicas sustentáveis e preventivas, evitando que a resistência se dissemine e comprometa o controle químico em lavouras brasileiras. As informações foram divulgadas pelo especialista na rede social LinkedIn.