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Cotação da soja se mantém firme em Chicago

O fechamento desta quinta-feira (16) ficou em  US$ 12,16/bushel



Foto: Pixabay

A cotação da soja para o primeiro mês cotado (que agora passou a ser julho), se manteve firme nesta semana em Chicago. O fechamento desta quinta-feira (16) ficou em US$ 12,16/bushel, contra US$ 11,92 uma semana antes, segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). 

Em relação ao relatório do USDA, divulgado no dia 10/05, o mesmo trouxe a primeira projeção de safra de soja, nos EUA e mundo, para o ano 2024/25. As principais  informações contidas no mesmo foram:  

1) a projeção de safra nova nos EUA está em 121,1 milhões de toneladas, contra pouco mais de 113 milhões na última colheita;
2) os estoques finais estadunidenses somariam 12,1 milhões de toneladas, ou seja, 30,9% acima do estimado para o atual ano comercial;
3) o preço médio, a ser pago aos produtores de soja estadunidense, ficaria em US$ 11,20/bushel, contra US$ 12,55 projetado para o corrente ano;
4) a produção mundial de soja, para o próximo ano comercial, está projetada em 422,3 milhões de toneladas, contra 397 milhões no atual ano comercial;
5) os estoques finais mundiais estão projetados em 128,5 milhões de toneladas, contra 111,8 milhões em 2023/24;
6) a produção do Brasil, da Argentina e do Paraguai estão projetadas, respectivamente, em 169, 51 e 10,7 milhões de toneladas para 2024/25. 

Nota-se, portanto, que o relatório foi baixista para as cotações da soja em Chicago, embora, no curto prazo, isso não tenha ainda sido registrado naquela Bolsa devido aos problemas climáticos no sul do Brasil, e as novas perdas na atual safra, assim como as dúvidas sobre a tendência dos juros nos EUA (juro elevado implica em menos atuação  dos Fundos em Chicago, acarretando recuo nas cotações, e vice-versa).  

Dito isso, até o dia 12/05 a área semeada com soja, nos EUA, alcançava a 35% do total esperado, vindo abaixo das expectativas do mercado, que eram de 39%. A média histórica é de 34%. Naquela data, 16% das lavouras plantadas estavam com soja germinada. Por sua vez, o Estado de Illinois, maior produtor daquele país, chegava a apenas 39% da área semeada, contra a média de 43%. 

Pelo lado das exportações, na semana encerrada em 09/05, os EUA embarcaram  406.052 toneladas, ficando um pouco acima do esperado pelo mercado. Com isso, o total exportado no atual ano comercial alcança, agora, 39,5 milhões de toneladas, ou  seja, 18% abaixo do realizado no mesmo período do ano anterior.

Em paralelo, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA  apontou que o esmagamento de soja, nos EUA, atingiu a 4,52 milhões de toneladas em abril, ficando abaixo do esperado pelo mercado e bem abaixo do realizado em março, quando o volume triturado atingiu a 5,35 milhões. Na comparação com abril do ano anterior, o recuo foi de 4,2% no volume esmagado, sendo que este total de abril do corrente ano foi o terceiro menor para o mês na história estadunidense. A Associação também divulgou os estoques de óleo de soja, apontando um recuo de 5,2% nos mesmos em relação a março e abaixo do esperado pelo mercado.

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