Mercado de arroz gaúcho opera em ritmo lento com produtores cautelosos
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul apresentou baixa liquidez

O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul apresentou baixa liquidez na última semana, refletindo um cenário de incerteza entre produtores e indústrias. A conjuntura combina a queda das cotações externas com medidas do governo federal que buscam sustentar o setor, como o leilão de contratos de opção de venda a valores acima dos praticados no mercado.
De acordo com informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os agentes de mercado apontam divergências quanto ao rumo das negociações. Do lado da oferta, muitos produtores preferiram adotar cautela, aguardando maior clareza sobre os preços antes de fechar novos contratos.
Já as indústrias enfrentaram dificuldades adicionais. Com a comercialização do arroz beneficiado ainda travada, as empresas tiveram pouca margem para oferecer valores mais competitivos ao produtor. Isso fez com que a preferência fosse por trabalhar com lotes já estocados nas unidades de beneficiamento, mas em volumes reduzidos.
O cenário reflete não apenas a pressão das cotações internacionais, mas também os efeitos das intervenções governamentais, que influenciam diretamente o ritmo das negociações internas. Esse ambiente de baixa liquidez indica que, ao menos no curto prazo, o mercado de arroz no RS deve seguir lento, enquanto produtores e indústrias buscam maior previsibilidade.
Para os próximos meses, a expectativa é de que a definição das políticas de apoio e a evolução das exportações possam ditar o compasso das negociações. Até lá, a cautela deve continuar marcando o setor.