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Preços de frutas nos atacados no atacado registram queda

Mamão, laranja e melancia registram recuo em maio



Foto: Pixabay

O mercado atacadista de frutas registrou queda nos preços de mamão, laranja, melancia e banana no último mês, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As informações constam no 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

De acordo com a Conab, o mamão apresentou redução de 16,89% na média ponderada de preços. O recuo é atribuído ao aumento da oferta da variedade papaya, especialmente na primeira quinzena de maio, além da menor demanda decorrente das temperaturas mais baixas. No caso da laranja, a queda foi de 12,55%. Segundo a análise, o movimento reflete a maior oferta de frutas precoces, consideradas de melhor qualidade, além da concorrência com outras frutas como a mexerica poncã e os efeitos do clima frio sobre o consumo.

A melancia também teve redução de preços, com recuo de 11,82% na média ponderada. Já a banana registrou queda mais leve, de 2%. A Conab atribui essa variação ao aumento da produção da variedade nanica, favorecida por condições climáticas no norte de Santa Catarina, norte de Minas Gerais e na microrregião de Registro (SP), além da demanda mais fraca.

O mercado da maçã seguiu trajetória oposta. Em maio, o produto registrou alta de 1,28% na média ponderada de preços. Esse resultado foi influenciado pelo fim da colheita da variedade fuji nos estados do Sul do país.

No segmento de hortaliças, o tomate apresentou redução pelo segundo mês consecutivo, com queda de 14,79% na média ponderada, reflexo do início da safra de inverno. Segundo a Conab, a expectativa é de que os preços sigam com tendência de baixa com o avanço da colheita.

Por outro lado, alface, batata, cebola e cenoura apresentaram elevação nas cotações. No caso da batata, a média ponderada subiu 4,99% em maio. A Conab observou que, apesar do aumento, a variação foi moderada entre as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas. A alface teve alta de 6,68%, influenciada pela entrada insuficiente da safra de inverno para atender à demanda.

Para a cebola, o aumento foi de 21,41% na média ponderada, movimento considerado comum no primeiro semestre. No entanto, a Conab destaca que, apesar das altas sucessivas desde dezembro de 2024, os preços permanecem abaixo dos valores registrados no mesmo período de 2024. A cenoura também apresentou crescimento, com elevação de 8,36%, impulsionada principalmente pela limitação na oferta durante a primeira metade de maio.

No cenário das exportações de frutas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) registrou o embarque de 486 mil toneladas entre janeiro e maio de 2025, um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita obtida com essas exportações totalizou US$ 548,7 milhões, o que representa alta de 12,3% em comparação a 2024 e de 29% frente aos cinco primeiros meses de 2023.

A Conab também divulgou o balanço da comercialização nas Ceasas em 2024. O volume de frutas e hortaliças movimentado alcançou 17 milhões de toneladas, com valor transacionado de R$ 75,7 bilhões. Em comparação a 2023, houve uma redução de 3,53% na quantidade comercializada, mas um aumento de 13,96% no valor financeiro. O crescimento no faturamento foi atribuído, segundo a Conab, ao aumento nos preços de importantes hortifrutis, influenciado por adversidades climáticas e pela elevação dos custos de insumos.

Nesta edição, o boletim também destacou o papel das Ceasas na modernização das embalagens usadas na comercialização, buscando maior qualidade, eficiência e sustentabilidade.
 

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