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Situação não é boa para quem produz apenas milho

Brasil e Argentina dentre os fatores de alta


Dois fatores também pautam a baixa do milho Dois fatores também pautam a baixa do milho - Foto: Nadia Borges

De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a situação será muito benéfica para quem produz carnes (frangos, suínos, bovinos, etc) e muito prejudicial para quem produz apenas o milho grão. “De um modo geral tende a beneficiar as cooperativas paranaenses, que têm grandes investimentos na produção de carnes, permitindo aos seus cooperados minimizar os prejuízos com a produção do grão. O que se pode recomendar é para aproveitar qualquer alta para vender o milho colhido ou a colher”, comenta.

Dentre os fatores de alta, se destacam a boa demanda das carnes no Brasil e as perdas na Argentina. “Clima quente e seco no Brasil e as perdas causadas pela cigarrinha-do-milho na Argentina também são fatores altistas no momento. O USDA prevê uma safra de 52 MT para a Argentina, mas a projeção da BCBA é de 46,5 MT. No Brasil, boa demanda do setor de carnes, que está mantendo os preços Cepea levemente em alta de 2,07% no mês e 0,48% nesta sexta-feira”, completa.

Dois fatores também pautam a baixa do milho, sendo eles a redução da estiagem nos EUA e a queda das exportações dos Estados Unidos. “De acordo com o Monitor da Seca do país, 12% da área destinada ao milho apresentava algum nível de estiagem na última semana, ante 14% na semana anterior. Em Iowa, o principal produtor de milho do país, a parcela do solo com seca moderada diminuiu de 37,31% para 27,43%. Já a parcela com estiagem severa caiu de 19,35% para 16,09%. A previsão para as próximas duas semanas é de chuvas sobre grande parte do Meio-Oeste, o que deve beneficiar o solo mas atrasar o plantio”, indica.

“O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou na quinta- feira que os exportadores do país venderam 742,2 mil toneladas de milho da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 9 de maio. O volume representa baixa de 17% ante a semana anterior e de 14% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, foram vendidas 128,2 mil toneladas. As vendas totais, de 870,4 mil toneladas, vieram mais próximas do piso das estimativas de analistas, que iam de 700 mil a 1,15 milhão de toneladas”, conclui.
 

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