
O mercado de milho no Sul do Brasil segue enfrentando travas e baixa liquidez, segundo informações da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, as negociações continuam lentas, com produtores segurando estoques na expectativa de preços melhores, enquanto compradores ainda recebem volumes de contratos antigos. Mesmo com chuvas pontuais, a seca persiste em 267 municípios em situação de emergência. As cotações permanecem estáveis, variando de R\$ 66,00 a R\$ 70,00 dependendo da região, enquanto o preço da pedra em Panambi está em R\$ 61,00.
Em Santa Catarina, o impasse entre pedidos e ofertas mantém o mercado praticamente parado, mesmo com uma safra histórica que deve alcançar 2,4 milhões de toneladas, 25% a mais que o ciclo anterior. No Planalto Norte, produtores pedem R\$ 82,00 por saca, mas compradores oferecem no máximo R\$ 79,00. A produtividade média estadual chegou a 9.717 kg/ha, estabelecendo recorde, mas o descompasso nos preços impede acordos. No porto, os valores se mantêm em R\$ 72,00 para agosto e R\$ 73,00 para outubro.
No Paraná, a situação não é diferente: o mercado segue travado apesar do bom desempenho no campo. A segunda safra já começou a ser colhida, com 65% das lavouras em boas condições. Nos Campos Gerais, o milho é ofertado a R\$ 76,00, enquanto compradores oferecem R\$ 73,00. A expectativa é de colheita recorde, com 16,15 milhões de toneladas na safrinha, mas a alta umidade tem atrasado os trabalhos.
Já no Mato Grosso do Sul, os preços recuaram e a liquidez permanece baixa. Chapadão do Sul teve a maior queda, com a saca a R\$ 44,02. Apesar dos desafios climáticos e ataques de pragas, a produtividade média é estimada em 80,8 sacas por hectare, projetando uma produção de 10,2 milhões de toneladas, 20,6% acima do ciclo anterior. Enquanto isso, o mercado local segue travado, com média estadual de R\$ 53,53 por saca e clima seco previsto para o mês, exigindo manejo criterioso.