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Milho recua na B3 e em Chicago

Na B3, os preços futuros encerraram o dia em queda



Na B3, os preços futuros encerraram o dia em queda Na B3, os preços futuros encerraram o dia em queda - Foto: USDA

Segundo análise da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 encerraram esta segunda-feira (9) em baixa, acompanhando o recuo dos preços em Chicago e a desvalorização do dólar, que já acumula perdas de 2,73% no mês. A pressão vem de fatores internos e externos, incluindo o avanço da colheita da segunda safra brasileira, dificuldades de armazenagem e expectativas de aumento na produção global.

De acordo com o Cepea, os preços do milho no Brasil continuam em queda desde meados de abril. A retração dos compradores diante da oferta crescente — impulsionada pela estimativa da Conab de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra passada — contribui para esse cenário. Além disso, o recuo do dólar e dos preços internacionais reduz a competitividade nas exportações, o que também pressiona as cotações no mercado interno. Em maio, o Brasil exportou apenas 39,92 mil toneladas de milho, um volume significativamente inferior às 413 mil toneladas de maio de 2023, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.

Na B3, os preços futuros encerraram o dia em queda: o contrato julho/25 fechou a R\$ 64,11 (-R\$ 0,49 no dia, mas ainda com alta de R\$ 1,38 na semana), enquanto o setembro/25 encerrou a R\$ 68,16 (-R\$ 0,74 no dia e alta semanal de R\$ 0,63). A pressão no mercado brasileiro foi amplificada pelo cenário internacional negativo.

Em Chicago, os contratos também recuaram com realização de lucros e boas expectativas climáticas nos EUA. O milho para julho caiu 2,03%, ou -9,00 cents/bushel, a US\$ 4,3350, enquanto o vencimento de setembro fechou com queda de 2,54%, ou -11,00 cents/bushel, a US\$ 4,2225. O plantio norte-americano está praticamente concluído, e o clima atual, com chuvas favoráveis, pode melhorar as condições das lavouras, conforme projeções do USDA. Mesmo com embarques semanais acima da expectativa, o mercado seguiu pressionado pela sazonalidade e pela expectativa de uma safra robusta na América do Sul.
 

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